Qual sistema de filtração escolher: profundidade ou superfície? Essa dúvida é sempre polêmica, por isso, veja suas definições para compreendê-las melhor!
A filtração é responsável por retirar sólidos em suspensão por meio de um processo que força a passagem de uma fase líquida ou gasosa através de um meio poroso.
Quando o tamanho da espessura deste meio filtrante e do sólido a ser separado são próximas, é causado uma filtração de superfície. Exemplos típicos deste caso são telas, chapas perfuradas, papeis filtrantes.
Na filtração de profundidade, a espessura do meio filtrante é de pelo menos 100 vezes o tamanho da partícula a ser separada. Exemplos típicos deste caso são os cartuchos de fios, aglomerados de fibras, metais sintetizados e plástico poroso.
O M.P.S., que é o tamanho médio de poro, é outro conceito muito importante, ele se refere ao diâmetro médio de um meio poroso. Os poros tanto na filtração de superfície, quanto na filtração de profundidade, não são iguais, mas obedecem uma distribuição de tamanhos. Desta forma, há no meio filtrante certos poros maiores ou menores que a média.
Neste gráfico, é possível identificar que a contagem do tamanho de poros vai desde 20 microns até 80 microns, entretanto, o tamanho médio é de 50 microns, isto mostra o carater estatístico do processo de filtração.
É possível encontrar partículas maiores de 50 microns no produto filtrado, mas em incidência muito baixa. Da mesma forma, são retidas algumas partículas menores de 50 microns.
Este aspecto estatistico também introduz o conceito de “Eficiência de Filtração”, assim é a relação Beta do elemento filtrante, que relaciona a quantidade das partículas de certo tamanho à jusante e a vazante de um elemento filtrante.
Beta x é a razão de filtração para particulas maiores que o tamanho x, Nu é a contagem de partículas a jusante, e Nd é a contagem de partículas a vazante do elemento filtrante.
A “Eficiência de filtração” é deduzida da razão Beta, de acordo com a fórmula:
Veja como fica a equivalência entre razão Beta e Eficiência de filtração:
Por fim, comparando-se a filtração de superfície contra a filtração de profundidade, é possível notar que na primeira, um poro utilizado está bloqueado, diminuindo a capacidade de retenção do filtro.
Na filtração de profundidade, um poro bloqueado faz com que o fluido procure outro caminho, influindo pouco a capacidade de retenção do filtro.
Desta forma é possível compreender que para se atingir determinado grau de filtração, um elemento filtrante tipo profundidade dura mais e é mais compacto que um elemento filtrante de superfície.
